Roosevelt Alves Martins
Roosevelt (último em pé à direita), como treinador e coordenador das atividades do Palmeirinhas de Itanhaém |
Roosevelt Alves Martins veio morar em Itanhaém na virada de 64 para 65, com seus pais, o sr. Egídio José Martins e a senhora Ely Silva Martins. Tinha quase dez anos de idade. Nasceu em 25 de janeiro de 1955, em Abaíra, na Bahia.
Ao chegar em Itanhaém, seguiu o exemplo de todo menino da
época disposto a ajudar no sustento do lar. Não se intimidou com os desafios e
teve como primeiro ofício a venda de sorvete e cocada nas praias. Foi
menino-vendedor e menino-engraxate, lustrando sapatos, conhecendo pessoas e
fazendo novas amizades.
Não demorou e chamou à atenção de comerciantes que logo o
contrataram para atividades melhor remuneradas. Foi ajudante de cozinha no
restaurante do João Bonito e, depois, copeiro na Choperia Colonial do Sr.
Armindo.
Neste período, conciliava o trabalho com a dedicação aos
estudos. Foi no memorável CENE que cursou o ginásio e o colegial, escola onde
fez inúmeros e inesquecíveis amigos. Em Santos, na Universidade Santa Cecília,
estudou Administração de Empresas.
Mexer com papéis e documentos passaria a fazer parte de seu
cotidiano quando conheceu os ofícios de escritório ao ingressar no Auto Posto
Anchieta, do empresário e político Osmar Rodrigues, a convite de seu amigo
Milton Sérgio. Teve ainda uma grande experiência na Construtora Quadrante, a
mesma que desbravou o litoral erguendo edifícios modernos como o Quebra-Mar e
Abarebebê na Praia do Sonho.
Porém, sua vida profissional ficaria marcada para sempre em
uma das maiores instituições bancárias deste país. Foi contratado pelo Banco
Itaú, começando em funções menores e, gradativamente, com muita persistência,
foi galgando posições até se aposentar como gerente-geral, após mais de 35 anos
de dedicação e trabalho.
Mas ele não vivia só de trabalho. Encontrando tempo para se
dedicar ao convívio social e recreativo da bucólica Itanhaém dos anos 70 e 80,
ele logo foi escalado para a coordenação do Centro Comunitário de Itanhaém
(CCI), núcleo de evangelização que se tornou muito conhecido entre a juventude
itanhaense.
Ao mesmo tempo, convidado pelo saudoso Roberto Bernardi e
pelo querido Coronel Carlos Miranda, exerceu a posição de tesoureiro do Conselho
Municipal de Turismo, então bastante atuante naquelas décadas de 70 e 80. Foi
também presidente do bloco carnavalesco Lhe Lhe Bahia, promovendo os mais
animados desfiles nas ruas de Itanhaém.
As suas atividades na sociedade não ficaram por aí. Porque não
poderíamos nunca deixar de falar da sua rica história na agremiação esportiva que
mais formou jogadores de futebol em nossa cidade. Pois quem nunca ouviu falar
do Palmeirinhas? Isso mesmo, o glorioso e saudoso Palmeirinhas de Itanhaém, uma
associação esportiva fundada pelo inesquecível Nivaldo de Oliveira, o Nivaldão
da Nivana Turismo.
Tendo começado como goleiro das categorias menores, pelo
Palmeirinhas, Roosevelt chegou à condição de titular por vários anos da seleção
itanhaense de futebol. Depois, se tornou auxiliar-técnico do Nivaldão e do Zé
do Caixão até, enfim, se tornar o comandante principal do Palmeirinhas de
Itanhaém por mais de 20 anos. Nos registros deste saudoso time de futebol, se
perdem nos números a quantidade de títulos e conquistas do Palmeirinhas, seja
em âmbito municipal, regional, e até internacional, em virtude das várias
excursões que o Palmeirinhas fez ao exterior.
Mas para Roosevelt, a família é o motivo maior de orgulho.
Enriquecem esta maravilhosa trajetória de vida a sua esposa Deise Gimenes
Martinez Martins, os filhos Táygara e Táyan e os irmãos Antônio, Welton, Elizabete,
Celso e Soraia. E todos, carinhosamente, o chamam de Vétinho.